NATAL DA MINHA INFÂNCIA
Quem dera que na cozinha
Crepitasse o lume aceso
E ao canto na cadeirinha
Brilhasse o olhar surpreso
O meu pai tão engenhoso
Lá em cima do telhado
Fizesse descer vistoso
O presente desejado
A minha mãe divertida
Sem eu nada perceber
Dizia: -reza querida
Que o presente vai descer
De mãos postas a orar
Com fervor ao Deus Menino
Eu nem queria acreditar
Nesse presente divino
E na chaminé descia
Pela corda na cestinha
Enquanto uma voz dizia
Uma prenda p'rá Nádinha
Quanta saudade Deus meu
Sinto agora ao recordar
Esses pais que Deus me deu
Que já não posso abraçar
Maria Letras, UK
Art. (Jozseph Borsos)
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