O meu mundo das plantas
temas de jardinagem, coisas do meu jardim
quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
quarta-feira, 13 de novembro de 2024
Nomeio o Mundo
Com medo de o perder nomeio o mundo,
Seus quantos e qualidades, seus objectos,
E assim durmo sonoro no profundo,
Poço de astros anónimos e quietos.
Nomeei as coisas e fiquei contente:
Prendi a frase ao texto do universo.
Quem escuta ao meu peito ainda lá sente,
Em cada pausa e pulsação, um verso.
Praia da Vitória, Ilha Terceira
Terra Natal de Vitorino Nemésio
Foto, Pinterest
Vitorino Nemésio, in
Antologia Poética - Os Cem Melhores Poemas Portugueses dos Últimos Cem Anos
sábado, 26 de outubro de 2024
Chuva fina de Cecília Meireles
Chuva fina,
matutina,
manselinho orvalho quase:
névoa tênue sobre a selva,
pela relva,
desdobrada, etérea gaze.
Chuva fina,
matutina,
o pardal de húmidas penas,
a folhagem e a formosa
clara rosa,
sonham que és seu sonho, apenas.
Chuva fina,
matutina,
pelo sol evaporada,
como sonho pressentida
e esquecida
no clarão da madrugada.
Chuva fina,
matutina:
brilham flores, brilham asas
brilham as telhas das casas
em tuas águas velidas
e em teu silêncio brunidas...
Chuva fina,
matutina,
que te foste a outras paragens.
Invisível peregrina,
clara operária divina,
entre límpidas viagens.
Cecília Meireles
In Metal Rosicler
terça-feira, 15 de outubro de 2024
Os 100 Melhores Poemas Portugueses dos Últimos 100 Anos
terça-feira, 3 de setembro de 2024
Rosas - dicas de cultivo
A Rosa ( Rosa s p), é uma das flores mais populares do mundo, cultivada desde a Antiguidade. Pensa-se que a primeira rosa cresceu nos jardins Asiáticos há aproximadamente 5 mil anos. Na sua forma selvagem, a flor é ainda mais antiga. Fósseis dessas rosas datam de há 35 milhões de anos.
Prefere os solos ligeiramente argilosos mas com boa drenagem.
A melhor época da plantação será para as envasadas, qualquer época do ano. Já para as de raiz nua será de meados de Outono até à Primavera.
Relativamente ás regas, só necessitam ser regadas duas vezes por semana nos períodos de seca.
Deve ser adubada 2 ou3 vezes por ano. A primeira em Julho e Agosto, a segunda em Novembro e Dezembro e a ultima entre Janeiro e Fevereiro. Deve-se dar preferência ao adubo orgânico ou estrume, embora se possa intercalar com adubo químico (uso o granulado azul).
A planta deve ser só podada após um ano de plantação.
Sobre a poda, falarei num próximo artigo.
quarta-feira, 21 de agosto de 2024
quarta-feira, 31 de julho de 2024
sábado, 29 de junho de 2024
quarta-feira, 12 de junho de 2024
quarta-feira, 22 de maio de 2024
Prímula ou Primavera
Prímula acaulis ou vulgaris
O seu nome cientifico é: Prímula acaulis ou Prímula vulgaris.
O seu nome comum é: Primavera ou Pascoela.
Pertence à familia das Primulaceae.
A Prímula é nativa da Ásia, Europa e América.
No Brasil chamam-lhe Pão e Queijo.
É uma planta perene , que inclui algumas variedades.
É no fim do Inverno e durante a Primavera, que nos brinda com toda a beleza das suas flores.
As Prímulas são encontradas em uma grande variedade de cores, de flores perfumadas simples ou em grupos.
Ficam bem em bordaduras de canteiros, plantada em grupos de cores diferentes ou em vasos.
O seu cultivo é muito fácil, por ser uma planta resistente.
A multiplicação, faz-se por sementeira ou pela divisão dos rizomas.
segunda-feira, 20 de maio de 2024
Poema de António Gedeão
Poema da malta das naus
Lancei ao mar um madeiro,
espetei-lhe um pau e um lençol.
Com palpite marinheiro
medi a altura do Sol.Deu-me o vento de feição,
levou-me ao cabo do mundo.
pelote de vagabundo,
rebotalho de gibão.Dormi no dorso das vagas,
pasmei na orla das prais
arreneguei, roguei pragas,
mordi peloiros e zagaias.Chamusquei o pêlo hirsuto,
tive o corpo em chagas vivas,
estalaram-me a gengivas,
apodreci de escorbuto.Com a mão esquerda benzi-me,
com a direita esganei.
Mil vezes no chão, bati-me,
outras mil me levantei.Meu riso de dentes podres
ecoou nas sete partidas.
Fundei cidades e vidas,
rompi as arcas e os odres.Tremi no escuro da selva,
alambique de suores.
Estendi na areia e na relva
mulheres de todas as cores.Moldei as chaves do mundo
a que outros chamaram seu,
mas quem mergulhou no fundo
do sonho, esse, fui eu.O meu sabor é diferente.
Provo-me e saibo-me a sal.
Não se nasce impunemente
nas praias de Portugal.
quinta-feira, 9 de maio de 2024
quarta-feira, 8 de maio de 2024
domingo, 5 de maio de 2024
quarta-feira, 1 de maio de 2024
segunda-feira, 22 de abril de 2024
Dia da Terra 2024
Dia da Terra 2024: “Planeta versus Plásticos” é o seu lema e todos devemos fazer parte da solução
Neste dia 22 de abril celebra-se a 54ª edição do "Dia da Terra" sob o lema: “Planeta versus Plásticos”. Conheça as propostas de sensibilização para os problemas ambientais atuais, pois todos somos responsáveis.
Hoje completam-se 54 anos do “Dia da Terra”, a primeira manifestação foi em 1970,
quando, por iniciativa do senador e ativista ambiental americano Gaylord Nelson, foi comemorada com a primeira grande mobilização. Cerca de 2.000 Universidades, mais de 10.000 escolas e diferentes comunidades participaram daquela primeira convocatória.
Breve história do Dia da Terra
Na década de 1970, o movimento ambientalista começou a tomar forma, as pessoas começaram a ter consciência da poluição atmosférica, da deterioração dos ecossistemas e dos vários impactos negativos que a ação humana causava (e ainda causa) à Mãe Terra.
Em 1972, foi realizada a primeira conferência internacional sobre o ambiente, a chamada “Conferência de Estocolmo”, para sensibilizar os líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais.
in: METEORED tempo.com
quarta-feira, 13 de março de 2024
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024
Poema à mãe
No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!
Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos!
Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais!
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura!
Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos...
Mas tu esqueceste muita coisa!
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me? -,
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;
ainda oiço a tua voz:
"Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal..."
Mas - tu sabes! - a noite é enorme
e todo o meu corpo cresceu...
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas...
Boa noite. Eu vou com as aves
Eugénio de Andrade