terça-feira, 4 de outubro de 2022
Lírio tocha
Nome científico: Kniphofia uvaria
Nome comum: Lírio tocha, tritoma uvaria ou tritomo
Família: Liliaceae
Origem: África do Sul (mais própriamente, da Cidade do Cabo)
O lírio tocha é uma planta herbácia e de aspecto exótico.
Foi trazido para a Europa, na primeira metade do século dezoito, pelo botânico J. Kniphof.
O seu nome genérico, deve-se a este botânico.
As folhas estreitas e muito longas nascem do solo.
As inflorescências são em forma de pino, com flores cilíndricas. De inicio, de um belo coral, depois alaranjado, e ao abrir a flor, passa a amarelo.
Existem muitas variedades: umas de apenas 40cm e outras que podem atingir 1,5m de altura.
Conforme a variedade, as suas inflorescências podem ser: vermelho, amarelo, laranja ou creme.
A sua exuberância é ainda mais notória, quando cultivado em tufos densos, ou no centro de canteiros.
Precisa de sol pleno, solo fértil e fresco, regas frequentes e adubações na primavera.
Floresce , do outono ao inverno. Devem-se cortar as flores murchas, para prolongar o periodo de floração da planta.
Multiplica-se por divisão de touceiras. Divisão que deverá ser feita na primavera.
A nova planta só floresce passados dois anos.
As exigências de cultivo do lírio tocha, são nulas, se comparadas com a beleza das suas flores em pleno inverno.
Foto-mpureza
Poema de Mia Couto
Quimeras
Já me cansa
ter esperança
de tanta quimera desfeita
aprendi a existir de sobras,
neste tempo de quases e nuncas.
Morro
de tanta vida por viver.
Calo-me
de quanta palavra esbanjada.
Desvaneço
de tanto beijo adiado.
O meu quarto
é o mundo inteiro sem mundo.
Quem me dera ser anjo
e sentir leve a terra
sob os meus pés alados.
Quem me dera
uma casa de nascença,
quem me dera um lume de crença,
um incêndio de todos os recomeços.
Quem dera
o quarto fosse de barro tenro,
um lugar de príncipe e princípios.
No sono
em que finjo adormecer
perco a noite
e o seu balouço de sonhos.
Sob o umbral da insônia
dou de beber a anjos
que se extinguem
na poeira dos desertos
Mia Couto
In 'Vagas e Lumes'
segunda-feira, 3 de outubro de 2022
Poesia
Eugénio de Andrade ·
Ninguém cheira melhor
nestes dias
do que a terra molhada: é outono.
Talvez por isso a luz,
como quem gosta de falar
da sua vida, se demora à porta,
ou então passa as tardes à janela
confundindo o crepúsculo
com as ruínas
de cal mordidas pelas silvas.
Quando se vai embora o pano desce
rapidamente.
Eugénio de Andrade
In "Ofício de Paciência"
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
Cacto de Natal
Popularmente é conhecido por cacto de Natal.
O seu nome cientifico é, Shumbergera russeliana.
Recebeu este nome, em homenagem a Frederich Shumberger, que foi colecionador de cactos, begónias
e bromeliáceas.
A planta é originária do Brasil.
É um cacto arbustivo e ramificado.
Floresce no Inverno, de Dezembro a Março. Talvez seja por esse facto, que popularmente, se lhe dá o
nome de cacto de Natal.
A sua multiplicação é feita por estacas ou folhas, que enraizam fácilmente.
O seu cultivo é muito fácil.
Gosta de solos leves e bem drenados. Não tolera encharcamentos.
Adora o sol da manhã, mas tem necessidade, de lugar abrigado de ventos e do frio no Inverno.
Um dia voçê aprende que...
... não importa em quantos pedaços
seu coração foi quebrado, o mundo
nunca pára para que voçê o
conserte. Aprende que o tempo não é algo
que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e
decore sua alma, ao invés de
esperar que alguém lhe traga flores.
E voçê aprende que realmemte pode
suportar, que realmente é forte e
que pode ír muito mais longe
depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e
que voçê tem valor diante da vida.
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem
perder o bem que poderíamos conquistar
se não fosse o medo de tentar.
William Shakespear