sexta-feira, 27 de outubro de 2023

AVE MARIA. Matteo Bocelli.

As fotos das minhas flores

 

Flores no Outono


Num dia chuvoso de Outono, nada melhor do que nos deliciarmos com flores.
Aí vão fotos das minhas. Espero, que elas vos tornem os dias mais alegres, e vos levem a esperança de dias mais luminosos.   

 

 

 
 

 
 


 

 

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Momento de poesia

 Canção Amiga

Eu preparo uma canção

em que a minha mãe se reconheça,

todas as mães se reconheçam,

e que fale como dois olhos.

Caminho por uma rua

que passa em muitos países.

Se não me vêm, eu vejo

e saúdo velhos amigos.

Eu distribuo um segredo

como quem ama ou sorri.

No jeito mais natural

dois caminhos se procuram.

Minha vida, nossas vidas

formam um só diamante.

Aprendi novas palavras

e somei outras mais belas.

Eu preparo uma canção

que faça acordar os homens

e adormecer as crianças.


Carlos Drummond de Andrade





segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Lantanas, rainhas no Verão e no Outono


O seu nome cientifico é Lantana camara.
 Popularmente é conhecida por Lantana.
 É originária da América Tropical.
 Existem cerca de 500 espécies. Incluem herbáceas e arbustos.

É uma planta, com um efeito ornamental espetacular. 
As inflorescências são compostas por numerosas flores, formando buquês de cores variadas.
É no Verão e no Outono, que nos presenteia com as suas belas flores. 
As folhas são muito pilosas. 
A planta é agradavelmente perfumada.     

Para o seu cultivo o solo deve ser fértil.
As regas devem ser regulares, mas não exageradas.
Na adubação, uso o adubo azul, porque as mantém fertilizadas por muito tempo. 
Suporta bem as altas temperaturas. 
Adora ser cultivada em lugar ensolarado e abrigado. 
Poda-se na Primavera, mas se houver necessidade pode dar-se uma ligeira poda de limpeza no Outono.
A multiplicação, é feita por estacas, aproveitadas da poda e por sementes.
As lantana camara, têm a particularidade de formar grandes arbustos.

A Lantana camara mutabilis, na mesma planta dá inflorescências de vários tons (rosas e amarelo ou vermelho, alaranjado com amarelo).
Vejam, fotos das minhas como exemplo.

Entre nós as mais conhecidas são:

 
                                        Lantana camara mutabilis

                                            Lantana camara victória

                                           Lantana camara flava   

                                           Lantana lilacina fucata (muito perfumada), e de ramos mais frágeis.

Dê vida e cor ao seu jardim com a lantana, verá que vale a pena.

Fotos - mpureza


domingo, 15 de outubro de 2023


Por lapso, não citei a fonte, da publicação anterior: Súplica poema de Miguel Torga, publicada em:

 https://poesiaspreferidas.wordpress.com/


Peço desculpa, pelo incidente.


 

Súplica

 


Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de costume 

Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria…
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.

Miguel Torga

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Outono

Este ano o Outono, está a brindar-nos com dias solarengos e com temperaturas quentinhas.

Convida a tarefas no jardim e nas hortas.

Há sempre que fazer.


É uma boa época, para se multiplicarem as suculentas, enraizando-as em água ou plantando-as em

vaso ou diretamente no jardim. 


Se optarmos pelo jardim, podem-se fazer canteiros com variedades diferentes, que resultam sempre

 muito bem e fazem um efeito maravilhoso. 

Um cesto pendente é sempre uma boa opção, principalmente quando o espaço é reduzido.

Deixo-vos as minhas dicas e desejo que vos sejam úteis.

 Até ao próximo artigo.


Fotos da Net.

publicado por: mpureza

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Povo - poema de Pedro Homem de Melo

Povo

Povo que lavas no rio,
Que vais às feiras e à tenda,
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida, não!
Meu cravo branco na orelha!
Minha camélia vermelha!
Meu verde manjericão!
Ó natureza vadia!
Vejo uma fotografia...
Mas a tua vida, não!
Fui ter à mesa redonda,
Bebendo em malga que esconda
O beijo, de mão em mão...
Água pura, fruto agreste,
Fora o vinho que me deste,
Mas a tua vida, não!
Procissões de praia e monte,
Areais, píncaros, passos
Atrás dos quais os meus vão!
Que é dos cântaros da fonte?
Guardo o jeito desses braços...
Mas a tua vida, não!
Aromas de urze e de lama!
Dormi com eles na cama...
Tive a mesma condição.
Bruxas e lobas, estrelas!
Tive o dom de conhecê-las...
Mas a tua vida, não!
Subi às frias montanhas,
Pelas veredas estranhas
Onde os meus olhos estão.
Rasguei certo corpo ao meio...
Vi certa curva em teu seio...
Mas a tua vida, não!
Só tu! Só tu és verdade!
Quando o remorso me invade
E me leva à confissão...
Povo! Povo! eu te pertenço.
Deste-me alturas de incenso,
Mas a tua vida, não!
Povo que lavas no rio,
Que vais às feiras e à tenda,
Que talhas com teu machado,
As tábuas do meu caixão,
Pode haver quem te defenda,
Quem turve o teu ar sadio,
Quem compre o teu chão sagrado,
Mas a tua vida, não!
Pedro Homem de Mello, in "Miserere"